O domingo foi de manifestações crescentes – as mais diversas – contra o decreto do presidente Donald Trump que ele tentou justificar como uma atitude contra a falta de regulação que gera ‘bagunça’. Agora à noite divulgou uma nota dizendo que o veto contra cidadãos dos sete países não é uma ação contra os muçulmanos, não é uma atitude religiosa.
Tudo indica que o presidente recuou parcialmente depois dos manifestos em alguns dos principais aeroportos norteamericanos, em dez deles, e com a definição da justiça de que os cidadãos com o ‘green card’ estejam liberados.
Dentro do próprio Partido Republicano, o decreto de Trump criou profundo mal-estar e tem contestação dos principais nomes, o que deve demandar em pronunciamentos no Congresso a partir desta segunda.
Em Nova York, as manifestações reuniram milhares de pessoas, uma no aeroporto John F. Kennedy e outra na área ao sul de Manhattan, próximo da Estátua da Liberdade.
Em Miami, Chicago e Washington elas também foram intensas.
Autoridades internacionais se manifestaram diretamente contra a decisão anunciada por Trump. A primeira ministra alemã Angela Merkel lembrou em conversa com o dirigente americano sobre a Convenção Mundial de Genebra que trata exatamente de uma legislação internacional sobre emigrantes.
O presidente francês Hollandre disse que é preciso assumir com ‘dever e solidariedade’, um papel que a Europa tem que representar neste momento.
No Reino Unido, a provável visita a convite da primeira ministra Thereza May – que esteve na semana em Washington – já recebe criticas pesadas, o Partido Trabalhista garante que vai bloquear a confirmação da visita.
No Canadá, o primeiro ministro Justin Trudeau, que é educador e lidera o Partido Liberal, também manifestou repúdio e declarou o pais que governa como aberto a quem tiver necessidade. Na noite deste domingo, o governo canadense decidiu conceder visto temporário a quem tenha ficado retido pela decisão do decreto americano de anti-imigração.
O ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania, Ahmed Hussen, anunciou a medida durante uma conferência de imprensa.e confirmou que a Casa Branca esclareceu o governo de Otawa de que os cidadãos canadianos com dupla nacionalidade e os residentes permanentes no Canadá oriundos dos países afetados não são alcançados pela proibição.
Hussen, que nasceu na Somália, um dos países afetados pela medida norte-americana, negou-se a expressar a sua opinião sobre a decisão de Trump e sublinhou que o Canadá vai continuar a ser um país aberto aos refugiados e imigrantes.
Há um número reduzido de estrangeiros bloqueado nos aeroportos do Canadá devido à proibição. Há uma grande manifestação programada para este inicio de semana em Toronto.






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