Depois do caso das leggings, do passageiro agredido e até de um escorpião a bordo, um novo incidente vem arranhar ainda mais a imagem da United Airlines, a companhia aérea que está vivendo em enorme baixo astral.
As polémicas em torno da companhia parece que se transformaram em passageiro frequente. O caso mais recente tem um casal de noivos como protagonista, que alega ter sido expulso no sábado de um voo com destino à Costa Rica, onde iriam contrair matrimônio.
De acordo com o testemunho do casal, Michael Hohl e Amber Maxwell, o caso ocorreu em Houston, no Texas, onde foram removidos do interior do avião por um um agente da autoridade presente nos voos das companhias aéreas norte-americanas, situação que a United prometia retirar dos seus, depois do caso inicial com o passageiro retirado à força do voo em Chicago, na semana passada.
A United nega que tenham sido envolvidas seguranças a bordo e justifica que “o casaltentou repetidamente sentar-se em lugares que não foram comprados e não cumpriu as ordens da tripulação para que regressasse aos respectivos lugares”, alega a companhia. “Foi solicitado que abandonassem o avião e a situação se complicou”, acrescenta o mesmo comunicado.
A porta-voz da companhia aérea conta ainda que foi oferecido um desconto em hotel para essa noite e o voo de ambos foi reagendado para a manhã de domingo.
A versão dos noivos é diferente. Alegam que um passageiro estava dormindo no lugar de ambos quando embarcaram e que por isso se disponibilizaram para se sentar em outro lugar da classe económica plus, mesmo que tivessem de pagar mais, o que lhes terá sido negado. Mudaram-se então para umas filas à frente – ainda em classe turística, na qual viajavam. “Achámos que não seria nada de extraordinário, não estávamos a tentar ir para a classe executiva”, disse Michael
O casal foi o último a subir a bordo do vôo 1737 da United Airlines e descobriu que seus assentos na posição 24 estavam ocupados por um homem adormecido. Em vez de acordar o passageiro, foram para os lugares da 21, que estava vazia. Nos desentendimentos com o comissário de bordo, foram deslocados como
“Eles disseram que estávamos sendo desordenados e um perigo para o resto do vôo e para a segurança dos outros clientes”, disse o noivo
O casal declarou que não iria voar mais com a United Airlines, seguiram viagem – vão se casar na quinta – e criticaram o comportamento da companhia. “A maneira como a United Airlines lidou com isso foi realmente absurda.”
“Estamos decepcionados, o que acontece sempre que um cliente tem uma experiência que não corresponde às suas expectativas”, disse um porta-voz da United sobre o incidente em um comunicado.
O caso só mereceu maior destaque justamente porque a United segue com o nome envolvido em polêmicas seguidas. Primeiro foi no mês passado, quando duas jovens foram impedidas de embarcar por estarem vestindo leggings. Cerca de duas semanas depois, foi filmada e amplamente divulgada nas redes sociais a violenta expulsão de um passageiro em consequência de ter sido retirado à força do lugar para o qual tinha comprado bilhete e de ter sido arrastado pelo corredor.
Naquele mesmo dia, um outro passageiro também tinha tido um voo pouco tranquilo depois de ter sido picado por um escorpião que caiu do compartimento de bagagens da cabina. Richard Bell estava a almoçar enquanto viajava de Houston, no Texas, para Calgary, Canadá, quando o animal venenoso caiu em sua cabeça, saído do compartimento de bagagens. Bell e a sua acompanhante deverão agora ser compensados pelo incidente, mas ainda não foi revelado como. Já o médico David Who vai entrar em ação contra a companhia pelos ferimentos e situação constrangedora.
O casal de noivos certamente está pensando em algo como ‘presente de casamento’.