Quem lá esteve não esquece jamais. É um lugar encantador, simplesmente. Bem próximo de Bariloche, a 60 e poucos quilômetros mas já em outra província – Neuquén, uma das mais ricas da Argentina, por força das suas reservas de petróleo. Villa de La Angostura é um ícone no turismo argentino, entre o luxo e o bem estar, com atrativos singulares.
A hosteria Ruca Malén é um deles. Conhecida como ‘a casa da mulher amada’, abandonada por décadas junto a uma antiga ponte do lago Correntoso, no parque nacional Nahuel Huapi, o primeiro dos grandes redutos de preservação ambiental no continente. Ela será restaurada e vai se converter no Museu da Patagonia.
Sua localização, no caminho dos 7 Lagos, está a uns 30 quilômetros de Villa de La Angostura e a caminho para San Martin de Los Antes, fez parte do chamado ‘Grande Circuito’, na década de 1940. Funcionava com 16 apartamentos, restaurante, salão de leitura e tinha um mole próprio para a saída de embarcações rumo a Bariloche, além da maravilhosa vista para o Correntoso.
A iniciativa com investimentos de 25 milhões de pesos é do governo da província combinando com a administração dos Parques Nacionais e tem o apoio do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Além da recuperação histórica do local, prevista para 15 meses junto ao museu haverá um novo hostel, com administração privada, e dentro do projeto sustentável a longo prazo que será implantado.
A reconstrução será feita totalmente com energias renováveis, solar e térmica, que prevê contaminação zero sobre o meio ambiente. O estabelecimento mudou várias vezes de donos e concessionários, atualmente está sob a competência do instituto de Seguridade Social de Neuquén,
“A recuperação do lugar é muito importante do ponto de vista de preservação, e o seu impacto visual, como está – abandonado – e uma agressão à Natureza”, afirma José Brillo, ministro de Produção e Turismo de Neuquén
O empreendimento tem 2,2 hectares e o entorno de bosques e lagos e do rio Ruca Malén, de águas com impressionante colorido verde-turquesa, contará com um centro de interpretação sobre os pioneiros da região patagônica, entre eles Perito Moreno, sim, o que dá nome ao glacial..
Um personagem que não teve somente o rol de atuação na delimitação das fronteiras com o Chile mas também o protagonismo de ser o doador das terras do núcleo primitivo do parque Nahuel Huapi. Ele morreu pobre e pouco reconhecido, mesmo sendo o gestor de todo o sistema de parques nacionais da Argentina.





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