Quem já esteve sabe que não é apenas isso, embora seja o grande motivo da tradição. Com shows, festejos, cerimonias, concertos, fogos de artifícios, homenagens, até uma programação infantil, pelos diferentes cenários da capital de Navarra e em nome do santo celebrado, a ‘Fiesta’ ou os ‘Sanfirmines’ agitam a cidade com um movimento impressionante e constituem um atrativo turistico sem igual na Espanha.
E quem vai pode aproveitar tudo isso e também os lugares emblemáticos da cidade a começar pelo passeio de Pablo Sarasate (ou de Valencia), com as estátuas de cera de reis, entrando pela Plaza del Castillo e o Palácio de Navarra, com seu estilo neorealista.
A Catedral de Pamplona, elegante e vistosa, fica fechada durante os festejos, ela que tem o claustro considerado como um dos melhores da Europa no estilo gótico. Entre as igrejas, a de San Nicolas e a de San Saturnino, esta em honra ao patrono da cidade.
Vale seguir pelo Paseo de Ronda, o Jardim das Taconeras, o parque mais antigo da cidade, e a Cidadela, construída por ordem do rei Felipe II para proteger a cidade e que tem a forma de Pentágono.
Mas, a festa em Pamplona é enorme e é intensamente vivida e colorida Com muitos e diferentes agitos.
Pelo menos cinco pessoas, incluindo quatro americanos, foram feridas por touros durante o Festival de San Fermin deste ano.
Três homens – dois americanos e um espanhol – ficaram feridos durante o primeiro dia do festival que dura toda a semana e, apesar de muitas criticas dos ambientalistas, cresce a cada ano no numero de participantes.
No segundo dia, outros dois ficaram feridos, enquanto ontem, domingo, no terceiro dia, não foram relatados mais feridos por touros, embora vários espectadores tenham sofrido choques e contusões ao fugir na correria desenfreada que é uma das atrações maiores dos festejos. Nenhuma das lesões relatadas foi fatal, embora várias pessoas tenham sido hospitalizadas.
Entre os hospitalizados, Bill Hillmann, que é de Chicago, diz que planeja correr pelo menos uma vez mais antes do final do festival. Ele tem participado do evento nos ultimos 12 anos, em vários registrou ferimentos, e até escreveu um livro em 2015 sobre o assunto.
Como muitos americanos, Hillman disse que aprendeu sobre o evento ao ler o “The Sun Also Rises”, de Ernest Hemingway, que o premiado Nobel publicou em 1926.
O festival está se tornando muito popular entre os visitantes internacionais, além de atrair a participação dos espanhóis, e a contrariedade de associações de direitos dos animais, como a Ethical Treatment of Animals (PETA) que entrou com mais uma ação contra a realização do evento – que lembra muito a Farra do Boi realizada em Florianópolis.
De acordo com o Diario de Navarra , mais de meio milhão de pessoas participam do festival nos ultimos anos, incluindo cerca de 150 mil visitantes internacionais.
Os americanos parecem ter uma paixão especial pelos festejos nas ruas. Tanto que foi Lucinda Poole quem recebeu neste fim de semana o Premio Guiri/2017, galardão que desde 2004 é entregue para reconhecimento a estrangeiros que visita os Sanfermines e vivem com renovada paixão os festejos.
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