Este é o momento dos novos governos – estadual e federal – responderem aos anseios das urnas, por um país sério
Quando todos os protocolos de segurança falham, desastres como os de Mariana e Brumadinho voltarão a se repetir. Quando a impunidade prevalece, desastres como os de Mariana e Brumadinho voltarão a acontecer.
Até hoje, a impressão que tenho é que empresas como a Samarco e a Vale, entre tantas outras do Brasil, sempre conseguem burlar a lei. Esta impressão vem do fato de que muito pouco foi feito – pelas pessoas e pelo meio ambiente – depois do desastre de Mariana.
Até hoje, no Brasil, o crime compensou para os poderosos e para os que dão canetadas país afora.
Mais vidas se foram, de uma maneira terrível, afogadas por uma onda de lama tóxica que neste momento continua seguindo o seu percurso mortal.
As imagens de Mariana, após o rompimento da Barragem do Fundão e de Brumadinho, após o rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão, se assemelham. Parecem regiões exterminadas por hecatombes ou catástrofes naturais. Só que estamos em Minas Gerais, a terra da boa hospitalidade e da beleza natural, distante milhares de quilômetros das zonas de guerra ou dos territórios varridos por furacões, terremotos e tsunamis.
Em Minas Gerais, é a ação do homem – ou a falta dela – a responsável por mais esta cicatriz histórica. Mais uma vez a incompetência e o desrespeito são os responsáveis por criar um legado que afetará, por décadas, o meio ambiente e, para sempre, a família daqueles que se foram.
A única diferença é que temos um novo Governo Estadual e um novo Governo Federal, que subiram ao poder pelo desejo, do povo, de um Brasil sem cartas marcadas.
Este é o momento de o novo Governo Estadual mostrar a que veio.
Este é o momento de o novo Governo Federal mostrar a que veio.