A cidade que deu ao mundo o 1º arranha-céu, continua presenteando moradores e visitantes, com o que de há de mais apurado em estética e estilos contemporâneos
No verão de 1871, um incêndio de gigantescas proporções destruiu praticamente toda Chicago e mudou a história da cidade. Se antes do fogo ela era conhecida como a cidade com o maior ritmo de crescimento do mundo, depois de consumida pelas chamas foi reconhecida como a cidade reconstruída com (muita) arte.
A resposta de Chicago, diante da adversidade foi literalmente renascer das cinzas em grande estilo. Desde então a tríade – Arte + Arquitetura + Design – passou a fazer parte da rotina local.
A cidade que deu ao mundo o 1º arranha-céu, continua presenteando seus moradores e também os visitantes, com o que de mais apurado pode existir em matéria de estética e estilos contemporâneos. Associados à tecnologia, se transformam em um espetáculo para os iniciados e público em geral.
A beleza de Chicago é explícita e se mostra através de seu conjunto arquitetônico e dos riquíssimos museus.
Eu visitei 2 deles, e recomendo os 2 para você.
Art Institute of Chicago
O Instituto de Arte de Chicago é espetacular em todos os detalhes, a começar pelos prédios que abrigam a instituição. O 1º foi construído em 1893, quando Chicago sediou a Exposição Mundial. O 2º prédio, inaugurado em 2009 faz contraponto às linhas clássicas do edifício original. O projeto arrojado do arquiteto italiano Renzo Piano é uma verdadeira obra de arte, técnica e tecnologia.
Em seu interior, o visitante sente exatamente a diferença entre as 2 alas. Ao caminhar por uma e outra, sente a mudança de século de uma maneira espetacular.
O Art Institute of Chicago é reconhecido pela qualidade do seu acervo. É o museu que tem, depois do Louvre, a maior coleção de pintores impressionistas franceses. A arte de todos os continentes e de várias épocas estão aqui, em exposição – e em várias técnicas e formatos.
Entre as centenas de milhares de pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, instalações e objetos, entre outros, quem visita o Art Institute of Chicago não pode sair sem ver de perto pelo menos 6 obras icônicas.
O quarto de dormir, do holandês Vincent van Gogh = Pós-Impressionismo.
Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, do francês Georges Seurat = Pontilhismo.
Nighthawks, do norte-americano Edward Hopper = Realismo,
American Gothic, do norte-americano Grant Wood = Regionalismo.
Nenúfares, do francês Claude Monet = Impressionismo.
The Child’s Bath, da norte-americana Mary Cassatt = Pós-Impressionismo.
Museum of Contemporary Art
Como o nome já diz, o Museu de Arte Contemporânea de Chicago tem como objetivo mostrar o que de mais atual existe em matéria de arte e a exposição I was raised on the Internet mostra exatamente isso.
A exposição, que fica em cartaz no museu até 14 de outubro exibe tudo o que o advento da Internet trouxe para as nossas vidas.
Da informação precisa à fake news, do compartilhamento frutífero à superficialidade das mídias sociais, tudo é mostrado através de várias plataformas e formatos.
I was raised on the Internet examina a influência dos jogos e do entretenimento, do uso dos smartphones e da necessidade de estar conectado 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Tendo como ponto de partida o ano de 1998, a exibição amplia o vocabulário pós-internet, pós-digital. A abordagem varia da ironia sutil ao entretenimento profundo. Imperdível.